domingo, 19 de outubro de 2008

Para Entender

A moreninha de Joaquim Manuel De Macedo,foi o primeiro livro da Literatura brasileira a alcançar significativo êxitode público e é um doa marcos do Romantismo no país.Lançado em 1844,é considerado o primeiro romance do Brasil.Um ano antes,Teixeira e souza havia publicado O Filho do Pescador, apontado como o marco inicial da prosa romântica no país.A obra, no entanto, contava com uma trama pouco articulada e confusa, sem o necessário acabamento formal e a estrutura límpida que faziam o sucesso de Macedo.

Para lembrar:

A hirtória de amor entre Augusto e Carolina, com todas as suas dificuldades, ilusões e final feliz, pode parecer ingêua e superficial nos dias de hoje.È importante perceber, porém, comonesta obra háprocedementos literários que permintiram a Machado de assis,por exemplo, retratar, décadas depois, a complexidade inesgotável da alma humana.


Formação de um público leitor Na primeira metade do século XIX, o Brasil passava por um fenômeno cultural que há muito já se observava na Europa:ao mesmo tempo que crescia cada vez mais o número de leitores no país verficava-se o surgimento de uma vida cultural na corte brasileira .

Esses acontecimentos eram resultado do gradual desevolvimento das cidades, em especial a do Rio de Janeiro.O processo inicio-se em 1808,com a vinda de D.João e família real portuguesa ao Brasil, e consolidou-se após a proclamação da independência, em 1822.Como consequêcia, surgiram na capital do Império vários jornais e eles trouxeram uam novidadde que já era sucesso nas grandes cidades européias:o folhetim.



Do foletim ao romance:surge um gênero literário Todos os dias, os jornais puplicavam, em espqaços determinados, hiotórias de leitura rápida e descompromissada, chamadas folhetim. Sempre que o enredo alcançava um momento culminante, o texto era interrompido propositalmente. Caso o leitor quisesse saber o desfecho da história , precisava comprara edição do dia seguinte, quando sairia publicada a continuação.

dessa maneira, surgia o romance-folhetim, que, pouco a pouco, incorporou as marcas do seu modo de publicação e as manteve, memso quando a obra completa saía impressa no livro.

Anote
Inicialmente configurado como uam simples técnica de publicaçaõ de histórias, ofolhetim alterou profundamente as características do romance enquanto gênero literário.Os fatos narrados passaram a ter mais detaque que a caracterização dos personagens e funcionaram como elosde uam cadeia vertiginosa de eventos.

Tanto A moreninha como outros romances de Joaquim de Manuel de Macedo têm as caracteristicas do romance-folhetim, um gênero de narrativaque irá marcar definitivamente a hirória do romance brasileiro em seus primórdios .



Para lembrar:
muitas obras diferentes entre si, continuarão a ser publiocadas em jornais. Uma delas é o revolucionario livro de memórias PoPóetumas de Brás Cubas( 1881)de Machado de Assis.Embora tenha surgido primeiro em folhetim, nada tem de folhetinesco,muito pelo contrário, é crítico em relação a esse tipo de romance.Outro exemplo é Triste Fim de Polocarpo de lima Barreto, que saiu pelo jornal do Comércio em 1911, e só foi editado quatro anos mais tarde.


Enredo A história de A moreninha gira em torno de uam aposta feita por quatro estudantes de Medicina da cidade do Rio de Janeirodo fim da primeira metade do século XIX.Um deles, Augusto é tido pelos amigos como namorador encorrigível.Ele própio garab]nte aos cologas ser incapaz de amar uam mulher por mais de três dias.

Um de seus amigos,Filipe, O convida juntamente com mais dois compsnheiros Fabrício e Leopoldo, a passarem o fim de semana em uma ilha na csa de sua avó, D.Ana.Ali também estarão duas primas e a irmã de Filipe,Carolina,Mais conhecida como "A Moreninha".

Por causa da fama de namorador do colega,Filipe Propõe-lhe um desafio:se a partir daquele final de sema Augusto garantir que não correrá o risco se envolver sentimentalmente com uma e só mulher por no mínimo 15 dias, deverá escrever um romance no qual contará a história de seu primeiro amor duradouro.

Apesar de Augusto garantir que não correrá esse risco, ao final do livro de Macedo ele está de casamento marcado com Carolina e o romace que deveria escrever já está pronto.Nas linhas finais da obra, o própio Augusto nos informa seu título."A Moreninha".
Para lembrar:
A Moreninha segue a estrutura tipica do romance romântico :o herói supera todos os problemas para conseguir, ao final,concretizar seu grande amor.Nesse caso, tal esquema é acrescido de um recurço literário relativamente incomum para a época:o uso da Metalinguagem.

Metalinguagem
O livro A Moreninha não narra apenas o nascimento do romance (no sentido de caso amoroso)entre Augusto e Carolina.È também a história de sua própria criação enquanto romance, forma literária consagrada no romantismo que pressupõe uma longa história em prosa, gitando em torno dos desdobramentos de um enredo e envolvendo certo número de personagens.


Personagens Como romance
romântico surgido sob a forma de folhetim, A Moreninha apresenta personagens principais planos,simples, contruídos superficialmente, embora essa caracterização funcione de modo a destacá-los do grupo a que pertencem.Eles são sempre compostos de modo a tornar viável o que mais interessa nesse tipo de romance:a ação.

Augusto A figura de Augusto resume um certo tipo de estudante alegre,jovial, inteligente e namorador.Dotado de sólidos princípios morais, fez no início da adolescência um juramento amoroso que retardará a concretização de seu amor por Carolina.Esse impedimento de ordem moral permitirá o desenvolvimento de várias ações até que, ao final da história,Carolina revelará ser ela mesma a menina a quem o jovem Augusto jurara amor eterno.

Para lembrar
A caracterização de Augusto é feita por etapas,em um percurço que vai do social ao individual.No início do livro, seus cologas o vêem como romântico e iconstante, e ele próprio se reconhece como tal,alegando louvar o ideal de beleza feminina.Mais tarde, entretanto, Augusto confessa a D.Ana que sua inconstância é, na verdade um modo de disfarçar sua fidelidade a um amor não realizado.

Carolina A caracterização física do personagem é significativa para criação de um mito romântico genuinamente brasileiro: Carolina é muito jovem e "moreninha" (ou seja, morena,mas de um tom leve e agradável,e não profundo e sedutor,como outras heroínas típicas da época).È também travessa, inteligente,astuta e persistente na obtenção de seus intentos.O retrato da protagonista atualiza e recicla um outro mitoromântico que será recorente na prosa de José de Alencar e na poesia de Gonçalves Dias:o índio brasileiro.Carolina encarna a jovem índia Ahy, que espera incansavelmente pelo seu amado Aoitin-uma antiga história da ilha que D.Ana conta a Augusto.

Anote
Carolina
tem, portanto um lastro poético indianista refletindo a preocupação fundamental da luteratura da época em criar e valorizar elementos culturais da jovem nação brasileira.

Personagens secundários Compõem o quadro social necessário para colocar a história em movimento ou propiciar informações de certos dados essenciais à trama.

Anote
Os personagens secundários representam, por meio de alguns tipos caracteristicos, a sociedade burguesa da capital do império.

Os estudantes de medicina, amigos de Augusto, são boêmios e alegres, e mal se individualizam uns em relação aos outros.As mocinhas companheiras de Carolina são todas fúteis,faladeiras e vivem pensando em casar.Há também as boas e respeitaveis senhoras, como D.Ana, e as boas,porém tedioas senhoras, "daquelas que nas sociedades agarram num pobre homem, semtam-no ao pé de si e, Maçando-o duas e três horas com enfadonhas e intermináveis dissertações, finalmente o largam, supondo que lhe têm feito grande honra e dado o maior prazer".
È o caso de D.Violante, que segurará Augusto, ávido por moças, em uma longa e cômica (pelo menos para a época )converça sobre seus males de saúde.Essa função cômica também desmpenhará o alemão Keblerc, mais amigo dos vinhos que das moças, responsável pela bebedeira da ama de Carolina, Paula.


Nenhum comentário: